domingo, 19 de setembro de 2010

Descance em paz Robert

Pense em futebol. Vai encontrar Pelé. Pense em Ciência. Vai lembrar Einstein. Pense em blues. Vai pensar Robert Johnson. Falar de blues e não falar dele é como falar de torta de limão sem limão.

O bluesman nasceu dia 8 de maio de 1911 e gravou 29 blues. Sua vida é recheada de mística. Diziam que Robert não tinha grande habilidade até que de repente, de um dia para o outro, ganhou técnicas sobrenaturais com seu violão. A lenda diz que Robert Johnson vendeu sua alma em uma encruzilhada. Bom, talvez não seja a toa que tenha composto Crossroads blues, em bom português Blues da Encruzilhada. Outras canções também remetem ao senhor do mundo inferior como: If i Had Possession on a Judgement Day e Me and the Devils Blues.

Muitos diziam que Robert Johnson contava com outras estranhas habilidades. Podia ouvir e aprender qualquer música. Mesmo que estivesse em um lugar como uma festa dando atenção aos convidados e não a música ambiente, podia repetir nota por nota as músicas que mal ouviu. Mesmo dias depois.

Sua música influenciou muita coisa que conhecemos hoje. Eric Clapton relata que Robert Johnson o pegou em cheio e que não seria quem ele é se não fosse o Robert. A primeira vez que Keith Richards o ouviu, pensou que estivesse ouvindo dois violões e também se sentiu hipnotizado por seu som avassalador.
Robert Johnson morreu dia 16 de agosto em 1938.

Ninguém sabe ao certo a causa. Uma versão diz que morreu por tomar whisky envenenado pelo dono do bar. Pelo que consta, Johnson flertava com a mulher dele. E adivinhem o nome do bar! Three Forks. Qualquer semelhança com um tridente é mera coincidência.

Enquanto a música de Robert puder tocar nossos corações teremos certeza de que o blues ainda sobreviverá. Este homem merece ser cultuado e lembrado.
OBRIGADO Mr. Johnson.
Descanse em Paz

Confira: http://www.youtube.com/watch?v=3MCHI23FTP8

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O Rei ALBERT

Infelizmente a vida corrida me atrapalha a postar com frequência. Mas caros leitores, não me abandonem. Preciso de vocês!

Esse post vai tentar, eu disse tentar descrever a magnitude de Albert King. O imponente homem negro de 1, 93 m e 118 quilos foi um dos reis do blues, junto com BB e Freddie. Sua forma de tocar era incrível. Pegada e força em uma guitarra chamada Flying V, a famosa rabo de peixe.

Albert era canhoto e tocava com as cordas invertidas, assim como Hendrix. O seu blues era completo e incorporava fragmentos de big band que BB King também absorveu. É possível perceber nos seus álbuns um blues mais moderno, mais chegado ao R&B e não ao blues puro que já havia sido um dia. Suas frases e solos são fortes e são tocados quando devem ser tocados.

Durante a carreira, Albert King lançou 16 álbuns de estúdio e 14 álbuns ao vivo. Muitos fãs e eu também, apontamos como sua obra prima  Born Under a Bad Sign, de 67. A música título do álbum é um hino. “Born Under a Bad Sign, I been down since i Begin to craw” são versos marcantes e que demonstram a profundidade de Albert.

O bluesman de Indianaola. Mississipi morreu dia 21 de dezembro de 1992, acometido por um ataque cardíaco. É possível ouvir Albert King através de Eric Clapton, Jimmi Hendrix e Stevie Ray Vaughan. Todos esses deuses beberam na fonte da lenda Albert, não menos rei que ninguém.
Baixe o álbum Born Under a Bad Sign:

http://thepiratebay.org/torrent/3225651/Albert_King_-_Born_under_a_bad_sign
assista: http://www.youtube.com/watch?v=h5dpp2iCRwM