terça-feira, 24 de agosto de 2010

Errata!

Caros leitores peço desculpas...
Marcos Kaoy é o gaitista da TaxMan Blues e não vocalista!
E um belo gaitista já que tive a oportunidade de ve-lo tocar domingo aqui em Contagem.
desculpas e obrigado!

sábado, 21 de agosto de 2010

Blues Mineiro

Todo mundo já sabe como é difícil fazer blues no Brasil, mas tem gente que insiste, tem gente que é teimosa, tem gente que não dá o braço a torcer.

Taxman Blues é a bola da vez aqui no Blog. A banda busca executar o blues de forma intensa e a honestidade no trabalho a torna como uma representante genuína do blues que queremos ouvir. Por sorte, o gaitista da Taxman Blues fez uma caridade com esse humilde blog e nos deixou um depoimento sobre como começou com o blues. Desde a história da banda até as dificuldades que o gênero enfrenta por aqui.
Para conhecer melhor: http://www.myspace.com/523873187

Aqui vai o próprio Marcos Kaoy e o seu depoimento.

Está história já vem destes anos 80,quando ouvi um disco(lp) de Blues,era um disco de Muddy Walters,daí em diante sempre ouvia mais está música do que outros estilos musicais,apesar de adorar vários,por volta de 1996,morava no Eldorado montei junto com um grande amigo um trabalho acústico de Blues e Rock,era chamado Urublues,fizemos coisas bacanas neste tempo,hoje este parceiro é um grande guitarrista que já fez parte da banda Nasty blues,eu já pode tocar com várias bandas como convidado,trabalho já um tempo com Alexandre Araújo que o conhecido como o braço do Blues de BH,já gravei com Taú Brasil,podendo colocar a influência da gaita blues em um Forró,acabei de gravar com um banda de Blues,algumas faixas e pode participar de vários projetos voltado para o Blues.Bom conseguir pessoas que queiram tocar blues e que de fato goste do estilo não é fácil,mas as coisas hoje em dia está bem melhor e BH tem muito gente boa,influencias tenho várias,mas tento seguir um som meu,gosto de muitos músicos,não só da linha do blues mas do Jazz,pois sou um autodidata e ainda tenho muito a aprender,mas gosto dos ícones da gaita no meu caso,Sonny Boy,Junior Wells,entre tantos outros é até difícil dar nomes,só mesmo para exemplificar,tocar blues é algo muito bacana e gostoso,pois é um estilo que deu origem a vários estilos,o Blues é o avó do Rock e não consigo sentir um bom som sem influencia do mesmo,dificuldades existe pois em uma cidade grande e com muitos estilos musicais,e ainda por cima não te uma casa voltada pelo menos 80% para o estilo,e além de não ser tão comercial,quando os demais,mas é está dificuldade que faz o Blues existir talvez,pois em outros lugares também tem suas dificuldades,a banda ainda não tem um cd,talvez um pouco mais prá frente,cara fazer arte no Brasil é complicado,sem contar que se toca em casas que o dono nem liga,preocupa com ele,muitas vezes uns nem sabe o que,acho que verdade tem de ser dita,para mim é algo que faz bem a minha alma ,onde posso fazer muitas amizades,alegrar pessoas e talvez um estilo de vida,pois não é voce escolhe,mas sim ele o Blues,e eu fui escolhido,adoro ouvir e tocar,ainda talvez longe do perfeito,mas o bom do verdadeiro blues é o Felling,vida longa a ele e a todos que o admiram e aos que estão chegando,Marcos Kaoy.

domingo, 1 de agosto de 2010

Blues e sua morte

Já faz algum tempo que o blues entrou em declínio de suas atividades. Desde a morte de Stevie Ray Vaughan não existiu, na minha modesta opinião, ninguém tão talentoso quanto ele para carregar o gênero nas costas.

Quando SRV apareceu, a decadência já era visível no blues e esse fantástico guitarrista deu vida a ele novamente. Stevie era reverenciado pelo público e pelos próprios bluesman. Quando John Lee Hooker ficou sabendo da morte do companheiro disse, " Não sou de chorar, mas quando fiquei sabendo que Stevie morreu eu sentei e chorei como uma criança". A última bandeira havia caído, não que Kenny Wayne Sheperd, Robben Ford não sejam bons, mas alcançar SRV é impossível.

BB King na primeira coletiva que deu no Brasil, em 2010, também reclamou que ninguém dá mais atenção ao blues. Buddy Guy demonstra tristeza ao perceber que os álbuns produzidos atualmente não receberam atenção devida. A situação é ruim, a música popular tomou rumos demais e o público não foi educado de forma a avaliar o que ouve. As rádios e tvs cultuam qualidade duvidosa e não busca aprimorar o ouvido de ninguém. O que pode ser feito é a união dos artistas e público do gênero para que esses possam sobreviver em uma relação simbiótica, um depende do outro. O ciclo é limitado e provavelmente sua expansão para angariar novos públicos seria muito difícil.

No mais, a verdade é que para quem gosta do blues, ele continuará existindo. Se ele te pegar como me pegou é impossível abandoná-lo.